OVA vs ONA

Para entender o que são OVA e ONA e porque ambos são diferentes de um anime de temporada, vamos começar pelo começo definindo os termos:

OVA ou OAV (Original Vídeo Animation e Original Anime Vídeo)

É um formato de animação que corresponde a um ou mais episódios de anime lançados diretamente no mercado de vídeo (VHS ou LD, depois atualizado para DVD e Blu-ray), sem prévia exibição na televisão ou nos cinemas.

ONA (Original Net Animation)

É uma sigla usada no Japão para títulos de anime que são lançados diretamente para a Internet. É uma forma de animação relativamente nova para distribuição que se tornou viável pelo número crescente de sites de mídia de streaming no Japão.

OVA como surgiu?

Dallos foi a primeira animação criada como um lançamento OVA, originalmente foi planejado para ser uma série de TV do Studio Pierrot, mas foi cancelado e então ressuscitado quando a Bandai Visual concordou em lançar os primeiros quatro episódios como uma série direta para vídeo. Assim se iniciou o que viria a ser a marca registrada dos lançamentos de OVA: uma produção que difere entre um episódio de TV e um lançamento de cinema, inicialmente permitindo valores de produção superiores aos da animação para TV da época.

Os OVAs servem como complementos ou paralelos na história original e removem o entrave que produtoras de anime tinham na TV ou cinema, geralmente têm como alvo um público específico e tem menos limitações por restrições de conteúdo e censura (violência, nudez e linguagem) frequentemente submetidos as séries de televisão.

A série “Legend of the Galactic Heroes” é um das mais longas produções em OVA de todos os tempos, uma vez que esse anime conta com nada menos que 110 episódios da historia principal e 52 episódios  da histórias paralela Gaiden.

E o ONA?

Algumas fontes creditam que o termo ONA foi concebido pelos criadores de Lingerie Fighter Papillon Rose. Inicialmente, quase todos os ONAs eram trabalhos de fãs ou lançamentos independentes, no entanto, a AIC se tornou o primeiro grande estúdio a lançar um ONA quando lançou Mahou Yuugi diretamente na internet antes de permitir que fosse exibido na TV.

No inicio duravam apenas alguns minutos por episódio, mas isso começou a mudar à medida que séries completas começaram a ser licenciadas exclusivamente para serviços de streaming como Crunchyroll, Netflix, Hulu e Amazon Prime Video.

Conclusão

Sabemos que esse mercado tradicional de OVA pode estar fadado a desaparecer em um futuro próximo. Apesar disso, os japoneses mantem as vendas pelos meios tradicionais como Blu-ray e DVD e parecem ainda estarem muito relutantes em investir pesado na internet. Eles sempre priorizaram o mercado interno devido a dificuldades em lidar com o mundo ocidental (EUA de alguma forma sempre atravancaram produções japonesas), mas há algumas subsidiárias se movimentando em direção ao streaming.